Um dos principais nomes da alta cúpula da Rede Record, Walter Zagari, vice-presidente comercial da emissora, foi o primeiro executivo do canal a conceder entrevista após a suposta crise que se instalou nos mais diferentes setores da empresa. Ele falou com o jornal O Dia, do Rio de Janeiro, e respondeu questões sobre o momento da emissora, o faturamento dos programas e as metas para o futuro.
Segundo Zagari, “a Record saiu na frente em relação a replanejar os custos e fez isso antes de muitas empresas”. O diretor ainda afirmou que isso não foi feito porque o faturamento estava baixo, e sim para um replanejamento financeiro.
O executivo ainda falou sobre os programas que mais faturam no canal: “‘Jornal da Record’, ‘Domingo Espetacular’, ‘Hoje em Dia’. No caso do ‘Programa da Tarde’, que estreou em outubro, ele deu prejuízo nos três primeiros meses. De janeiro para cá, só lucro”. Disse ainda que a mudança de dia do “O Melhor do Brasil” subiu o preço dos anúncios na atração: “Aumentou em 20% em relação a sábado. A gente manteve os mesmos custos do ‘Programa do Gugu’”.
Sobre as Olimpíadas de Londres 2012, exibida com exclusividade pela Record em TV aberta e tida por muitos como um fracasso de audiência, Walter afirmou que não houve prejuízo comercial: “Nós pagamos 60 milhões de dólares em direitos, gastamos mais 60 milhões de custo de produção e faturamos 250 milhões de dólares”.
Sempre ambicioso, o diretor não deixou de citar que a Record continua buscando chegar ao patamar da Globo, a qual chamou de “principal concorrente”. “De uns anos para cá, a Record resolveu ir para cima da nossa principal concorrente [Rede Globo]. Existe um planejamento estratégico que já foi refeito. A gente quer se igualar a nossa principal concorrente num período entre quatro e sete anos”, avisou.
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