A novela das nove da Globo é boa no geral, tem um roteiro amarrado mas acaba derrapando em detalhes bobos. No capítulo desta quarta (26), houve três exemplos.
Félix (Foto: Divulgação/Globo)que já se repetem há algum tempo e, casualmente, aparecem juntos num mesmo dia.
O mais gritante é a frase de efeito do vilão Félix. Em todo capítulo o sujeito repete sei lá quantas vezes o bordão "será que eu salguei a santa ceia?". Ele não para de dizer isso e é algo que realmente chega a irritar. Tudo bem que ele goste de usar a tal frase, mas poderia ter outras também, né?! Bons vilões vivem disso.
Mais um exemplo de bobeira dos roteiristas: a menina Paulinha, que deve ter ali seus 11 ou 12 anos, está internada. César (Antonio Fagundes) examina a garota e pede que ela mostre a língua. Ela diz: "posso mesmo? minha avó diz que é feio fazer isso". Oras, isso é uma pergunta que uma criança de cinco anos talvez fizesse, não uma pré-adolescente, certo?
O último exemplo de vacilo no texto de Amor à Vida aconteceu ontem também com a personagem Nicole (Marina Ruy Barbosa). Ela, na verdade, é um clichê ambulante, mas no capítulo desta quarta a coisa chegou a níveis altos. Nicole é uma moça muito rica, que não tem pais e está tratando de um câncer. A cena mostra ela deitada na cama, triste e eis que solta a frase: "O que adianta ser rica e tão sozinha?". Tudo bem, é novela, todo mundo sabe. Mas Amor à Vida, como disse acima, tem um texto bom e pode facilmente evitar essas muletas, que só empobrecem o todo.
by Odair Braz Junior via Odair Braz Jr.Blog do Odair Braz Jr. - Cinema, TV, crítica e opinião - R7
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