Que notícia triste a morte de James Gandolfini. O ator morreu aos 51 anos, na Itália e foi em decorrência de um ataque cardíaco fulminante. Ele estava em férias no país e também participaria de um festival de cinema por lá, na Sicília.
É bem provável que muita gente no Brasil não saiba direito quem foi Gandolfini. Afinal, ele fez muitos filmes mas quase sempre em papéis menores e seu seriado mais famoso — Família Soprano — ficou mais conhecido na TV a cabo, apesar de o SBT também tê-lo exibido. Mas isso não importa. James era um dos melhores atores de sua geração e tinha a habilidade de deixar seus personagens absolutamente críveis. O caso mais sensacional de todos é mesmo Tony Soprano, o protagonista do seriado citado neste parágrafo. Gandolfini interpreta um mafioso diferente de tudo o que você possa imaginar. Geralmente, no cinema e TV, esse tipo de personagem a gente conhece bem: é um cara rústico, violento, machistão e que mata sem piedade. Tony também é assim, só que diferente. Tony é um mafioso com uma certa crise de consciência e, por isso, faz terapia (sem que seus comparsas saibam, porque não pega bem). O ator cria maneirismos, um jeito de falar, de andar, de se relacionar únicos e não tem como não achá-lo simplesmente sensacional. James é ajudado também pelo ótimo roteiro de Família Soprano, seriado que foi eleita recentemente a série mais bem escrita de todos os tempos. Enfim, se você nunca viu Família Soprano, faça esse favor a si mesmo.
Fora este seriado, James Gandolfini também atuou em vários filmes no cinema. Um que me chama muito a atenção é Amor à Queima-Roupa, de 1993. É um longa com roteiro de Quentin Tarantino e direção de Tony Scott. Cheia de violência, a história interpreta Virgil, um homem que trabalha para a máfia dos Estados Unidos e que não tem dó de ninguém. Nem mesmo da loira Alabama (Patricia Arquette). Ele dá uma surra tão bem-feita, tão real que chega a doer em quem está assistindo.
O mais recente de trabalho de Gandolfini foi no seriado Criminal Justice, também da HBO. No cinema, suas últimas atuações em produções maiores foram A Hora Mais Escura e O Homem da Máfia, ambos de 2012.
Uma grande perda.
by Odair Braz Junior via Odair Braz Jr.Blog do Odair Braz Jr. - Cinema, TV, crítica e opinião - R7
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